Levantamento realizado pela Truvio revela os impactos que a falta de acompanhamento médico preventivo dos funcionários pode trazer para as empresas; impacto financeiro pode chegar a 35%
Confira o artigo de nosso CEO, Dr. Mauro Silva Jr. no Mundo RH:
A saúde segue no centro de boa parte da discussão a respeito do futuro do trabalho. Com a Pandemia, um número maior de pessoas passou a ficar mais tempo em casa e não é incomum ouvir alguém dizer que não há mais limites para o horário em serviço. O estresse e a ansiedade que derivam deste cenário podem afetar a produtividade de uma organização.
Isto porque colaboradores tensos e estressados tendem a desenvolver problemas de natureza psicológica e, obviamente, física no futuro. Para evitar cenários assim, segundo Mauro J. Silva Junior, médico e um dos fundadores da Truvio, healthtech de medicina preventiva, é preciso haver acompanhamento.
“O brasileiro desenvolveu o hábito de não se cuidar preventivamente. Este é um dos fatores que mais pressionam o sistema de saúde e os preços de convênios. Quando há um cuidado mais próximo, com uma análise prévia de cada indivíduo antes que o problema se agrave, o valor gasto com planos pode cair até 35% em um ano”, comenta.
De acordo com levantamento realizado dentro da plataforma, os níveis de faltas e ausências no trabalho diminuem quando há um acompanhamento próximo de cada paciente, o que afeta diretamente a produtividade do empregador.
Por outro lado, também há o ganho financeiro. Segundo informações do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), a inflação dos planos de saúde coletivos no Brasil subiu mais de 11%, acima dos 8,14% estabelecidos pela ANS. Segundo Mauro, um dos fatores que mais encarecem os convênios de empresas é a má-utilização do benefício.
“Em muitos casos, são realizados exames e procedimentos que são desnecessários ou que poderiam ser se houvesse um acompanhamento prévio”, comenta.
Para exemplificar, os dados da Truvio mostram que se um paciente com risco oncológico não tiver acompanhamento preventivo, os gastos com o tratamento poderão ser até dez vezes maior do que alguém devidamente monitorado.
“Disso, derivam duas coisas: quem foi observado de perto, terá maior probabilidade de cura e menor tempo de internação”, explica Mauro.
De acordo com o levantamento, o custo para um caso de detecção tardia de câncer fica, em média, na casa de R$400 mil. Em casos identificados e tratados com antecedência, o gasto é de R$80 mil.
Outro caso levantado dentro da plataforma diz respeito aos problemas cardíacos. Caso um paciente com este tipo de patologia não seja monitorado de forma adequada, os custos gerados podem ser 1 mil vezes maior do que alguém que tenha sido acompanhado durante um ano.
“A empresa, claro, não arca com este custo de forma direta. Mas, na renovação contratual, a operadora do plano levará este gasto em consideração no reajuste. Por isso observar este ponto é tão importante. O bem-estar das pessoas impacta diretamente na produtividade de uma organização”, comenta.
Hoje, segundo a Truvio, o segundo maior gasto das empresas no Brasil é com saúde, atrás apenas da folha salarial. Este custo captura de 12% a 20% do faturamento de um negócio.